O Amor por si Mesmo e o Budismo

Por: Ryath (Inspirado por Senhor da Luz Prateada)

Ter autoamor é ter apreço, consideração por quem é, é admirar e ter carinho por sigo mesmo.
Se admiramos alguém porque é uma boa pessoa, porque não se admirar por ser isso também?
A questão é que muita gente acha que deve amar os outros, mas amar a si mesmo não.
Não é Jesus que ensina para amar aos outros como a nós mesmos?
Quando amamos a nós, é muito mais fácil amar os outros, e que os outros nos amem.
A falta de amor por si mesmo faz a pessoa se submeter a relacionamentos muito ruins, a deixar-se sofrer abusos, deixar-se maltratar, e o que acaba com essas condutas é o autoconhecimento.
O autoconhecimento tem tudo a ver com o amor, pois trabalha esse sentimento maravilhoso em muitos, muitos, muitos aspectos.
O autoconhecimento corrige a repressão ao amor, resolve através da conscientização os problemas que bloqueiam a sentirmos esse sentimento tão bom, e que só leva ao bem, assim como aumenta nossa capacidade de amor.
Amor não é ego, mas o ego é muitas vezes avesso ao amor.
O ego faz você se enganar sobre o amor, confundindo vaidade, orgulho, arrogância com autoestima e autoamor.
O autoconhecimento corrige o problema, e isso vale a pena demais para sermos mais felizes.

 


Para desenvolver seu autoconhecimento, dá uma passadinha nossa seção de práticas espirituais, temos muitas praticas para isso.
Busque a felicidade através do autoconhecimento e da busca por pessoas que você realmente ama na sua vida.
A pessoa que não se ama, tem uma ideia errada sobre si mesma, se desvalorizando, se depreciando, se maldizendo, se odiando muitas vezes, em níveis muito baixos de autoestima.
É preciso se admirar, se gostar, mas sem a influência do ego, pois aí não é amor, é vaidade, orgulho, arrogância ou soberba.
As pessoas confundem muito ego com autoestima, acham que um é o outro, quando na verdade são coisas contrárias, pois a falta de autoamor nos leva a vaidade, orgulho e arrogância, a nos sentirmos atraídos por essas coisas, que só fazem mal.
Autoestima é quando sabemos algo de bom sobre nós mesmos, e esse conhecimento não vai para o ego, mas sim para o coração.
Valorize a si mesmo e aos outros, se você só consegue se valorizar, mais aos outros não, isso é sinal do ego.
Se você consegue valorizar aos outros, mas a si não, isso é sinal de falta de autoestima.
Tenha sentimentos bonitos por si mesmo, isso não é feio, é bonito.
Colecione informações boas sobre si mesmo, se admire e aos outros, o que é bonito é para se apreciar mesmo.
Você tem seus valores, então admire as caracterizas suas que tem esses valores que você gosta, e admire também as pessoas que os tem.
Existem qualidades da luz, como a fidelidade, a bondade, a generosidade, o amor, o perdão, o esforço para o autoconhecimento ou a luz e etc.
Valorize isso que ensinamos no parágrafo de cima em si mesmo e nos outros, isso é algo muito bonito. São formas de amor.
No processo de autoconhecimento, vamos perceber de onde vem nossa falta de amor próprio, e assumir o que vimos, que como nós somos, e isso vai nos ajudar muito a mudar.
A autoestima é uma área do autoconhecimento, que nunca vai ser suprida se não a trabalharmos.
Muitas pessoas querem chegar buscam o autoconhecimento, a iluminação, o Nirvana, a ascensão, que é um nível muito alto de autoconhecimento, mas acham que não devem se importar com a autoestima, pois se não a trabalharem, nunca vão desenvolver esse ponto de crescimento interior.
Existem um famoso mestre budista que ensina a não se importar com a autoestima, então a pessoa seguindo seu ensinamento, nunca vai trabalhar esse ponto seu, ou seja, não vai desenvolver menos autoconhecimento na sua vida.
É aí que vem a questão: Será que é possível atingir o Nirvana sem trabalhar a autoestima, mas somente outros pontos?
R: Eu acredito que sim, pois o Nirvana não é o autoconhecimento total de si mesmo, é algo fantástico e muito bom a ser atingido.
Porém sem dúvida é muito mais fácil atingir o Nirvana trabalhando a autoestima, e fazendo isso está se desprendendo do ego, ou seja, do orgulho, da vaidade, da arrogância e da soaberta.
Muito do ego é ligado a falta de autoestima.
A falta de autoestima faz o ego ser maior, e nossa mente busca-lo mais, pois tentamos compensar o quanto nos achamos inferiores, buscando a superioridade, seja na aparência, que seria a vaidade, ou no status, que seria o orgulho, ou na arrogância, que é se sentir melhor do que os outros.
Esse apego ao ego gerado pela falta de nos sentirmos com valor, nos faz buscarmos a superioridade sobre os outros, assim como termos mais características melhor que eles, que são a vaidade e o orgulho.
Quanto menos autoestima, maior tende a ser o ego, não por causa da evolução espiritual de uma pessoa, mas sim pela necessidade de valorização que todo mundo tem, mas que é muito mais saudável, quando essa valorização vem da gente mesmo.
Só conseguimos amenizar o ego se nos valorizarmos por nós mesmos, sem nos acharmos melhor do que ninguém, admirando aos outros e a nós mesmos.
Nunca devemos nos comparar, isso é sempre uma dica importante.
Mas é importante nos valorizarmos e aos outros, assim como buscar, fazer força, para enxergarmos nosso ego, e isso vai ajudar demais nossa evolução espiritual, inclusive a atingir o Nirvana.
Faz parte da realidade termos as boas qualidades que temos, que muitos não conseguem nem enxergar nada, de tão baixa que é sua autoestima, e outros acham que não vamos tela.
É importante sempre nos tratarmos com carinho, assim como aos outros, dando amor, consideração, isso é muito bacana, mas é fazer isso com os outros e a nós mesmos também, isso é algo muito saudável.
Alguns ensinamentos do Zen podem levar a uma compreensão errada, pois os ensinamentos são interpretativos, então cada um entende ao seu gosto, e por isso mestres budistas diferem seus ensinamentos uns dos outros.
Certa vez um mestre budista disse que ele não precisava entender o ego porque não era psicólogo, mas se outro mestre, esse que citamos mais acima no texto, que é contra a autoestima, ele pode não ter que saber o que é o ego, mas isso ajudaria ele e as pessoas que vem seus ensinamentos, a pensar que a autoestima é uma coisa boa, positiva, inclusive pata a prática budista, e ela realmente é.
Se o Budismo ensina o desapego ao ego, e se trabalhar a autoestima traz esse desapego, então é algo bom para essa doutrina.
Certa vez entrevistei um terapeuta do Budismo Tibetano, a Bel Cesar, e sua visão sobre a autoestima é totalmente diferente, ela inclusive ensina que os Lamas Budistas, que são mestres e reencarnações de mestres, como o filho dela é, o Lama Michel, dão ensinamentos que ajudam a autoestima.
A entrevista, que recomendo enfaticamente, dela está nesse link: Entrevista com Dra. Bel Cesar – Terapeuta do Budismo Tibetano

 

Alguns Destaques: